Quando criança, não víamos a hora de crescer, chegar a adolescência, completar 18 anos era o máximo. Após alcançarmos essa idade, mudamos de opinião, pois temos a impressão que o tempo começa a passar muito rápido, praticamente “voar”, sentimos que já estamos ficando velhos rápido demais.
Os últimos 25 anos foram de muitas mudanças, inovação tecnológica, computadores, celulares, e-mail, inovações no sistema bancário, máquinas de auto-atendimento, o que ressaltou mais ainda essa sensação de que não temos mais tempo para nada. Tudo está muito mais dinâmico.
2011 já está a nossa porta. Nesse momento a maiorias das empresas já estão fazendo ou revisando seus Orçamentos, Planejamento Estratégico e Previsões Econômico/Financeiras para o (s) próximo (s) ano (s), ajustando-se para alcançar o crescimento desejado.
E em cima disso, na semana passada o jornal Estado de São Paulo publicou reportagem noticiando que a rentabilidade das empresas de capital aberto (com exceção dos bancos), chegou a 13 % do capital investido, isso no primeiro semestre de 2010, sendo esse, o melhor resultado dos últimos 15 anos.
Esse dado reflete a quanto os acionistas ganharam em relação ao capital investido, é o retorno sobre o patrimônio líquido e constou de um levantamento feito pela empresa de informações financeiras Economática, que teve todas as companhias listadas na BMF & Bovespa.
Podemos dizer que a melhora nesses indicadores está diretamente associada ao desempenho da economia brasileira nos últimos anos, influenciada por fatores internos e externos. O resultado das reformas feitas nos últimos 25 anos, como a autonomia do Banco Central, adoção do câmbio flutuante, equilíbrio fiscal e reformas microeconômicas contribuíram muito para isso.
Essa tendência crescente da melhora dos indicadores das companhias tem relação também com as privatizações, que foram determinantes para o aumento da produtividade e da rentabilidade dessas empresas. Juntamos a isso o avanço nas exportações, em especial das commodities e a internacionalização da Petrobrás e Vale e temos os fatores necessários para as melhorias.
Com a redução da taxa básica de juros (Selic) no ano passado, houve uma “turbinada” no desempenho das empresas brasileiras, aumentando muito o consumo no Mercado Interno. O crédito cresceu de forma acelerada e o volume de empréstimo e financiamentos concedidos pelos bancos atingiu o recorde de R$ 1,54 trilhões até julho.
Segundo o “Relatório Focus”, publicação do Banco Central do Brasil que relata as projeções do mercado com base em consultas semanais a aproximadamente cem instituições financeiras, a expectativa é que o PIB esse ano cresça 7,47 %, que o IPCA (Inflação Oficial) fique em 5,01 %, ou seja, 0,51 % acima da meta prevista e que a Selic termine o ano nos mesmos patamares de hoje 10,75 %.
Estamos hoje com um Real muito valorizado, o Euro e Dólar estabilizados, o que tornam nossos produtos mais caros no exterior, inviabilizando as exportações, fazendo com que o saldo da Balança Comercial seja negativo e canalize as vendas dos produtos para o mercado interno, aumentando portanto a concorrência.
Planejamento: a palavra chave do momento
A Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 serão no Brasil. Mas o que isso quer dizer na prática ???
Muito será investido em vários segmentos de mercado, na Construção Civil através de Estádios novos ou reformas, rede hoteleira, restaurantes, segurança, malha viária, transportes, como o metrô, Trem Bala ligando Campinas ao Rio de Janeiro, aumento do aeroporto de Viracopos, portanto, as empresas já têm que se preparar, pois os “Players” do mercado já estão se movendo, licitações já vão acontecer, propostas já estão sendo apresentadas.
Nessa hora é necessário que o empresário pense estrategicamente, faça Networking, pois as oportunidades estão aparecendo e serão muitas, mas apenas para quem estiver preparado e for rápido.
As cartas para 2011 já foram lançadas.
Um abraço e sucesso a todos.
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