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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

BC anuncia taxa para operações que apostam em queda do dólar

O Banco Central anunciou nesta quinta-feira que as instituições financeiras deverão recolher junto ao Banco Central do Brasil, sob forma de depósito compulsórios, 60% sobre o valor da posição de câmbio vendida (aposta em queda do dólar ante o real) que exceder o menor dos seguintes valores: US$ 3 bilhões ou o patrimônio de referência. O compulsório será recolhido em espécie e não será remunerado. Os bancos terão 90 dias para se adequar à regra.
O BC espera reduzir as posições vendidas do sistema, que em dezembro de 2010 alcançoy US$ 16,8 bilhões. O banco que quiser ter mais dólares em posição vendida do que comprada vai precisar depositar este compulsório.
Não é bom para o sistema como um todo que se concentre em um pólo ou em outro, o sistema deveria caminhar perto do equilíbrio. A medida do Banco Central nesse momento, pode ser classimicada como "prudencial".
Se um banco tem hipoteticamente US$ 6 bilhões em posição vendida, este precisa subtrair desse valor os US$ 3 bilhões citados na circular do BC e abater 60% do resultado da conta, que corresponderia a US$ 1,8 bilhão, o valor do compulsório devido.
Para se fazer uma comparação, em 2009 o sistema financeiro brasileiro fechou com uma diferença de US$ 3 bilhões entre posições compradas e vendidas, em favor das compradas. Em 2010, este valor foi de US$ 16,8 bilhões, mas em favor de posições vendidas. Para este ano, a meta do Banco Central é que o saldo entre posições compradas e posições vendidas fique em US$ 10 bilhões em favor das posições vendidas.
 
Essa medida gerará uma tendência de alta do dólar ante o real, mas sem uma obrigatoriedade de elevação, pois o Banco Central teoricamente não trabalha com uma cotação ideal da moeda americana.
Essa norma não influenciará em uma futura decisão do Banco Central sobre a taxa básica de juros (Selic), e a medida pretende dar maior competitividade às empresas brasileiras exportadoras em relação a vendas para o exterior.

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