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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Como os juros nos afetam

A economia segue aquecida no início de 2011. As indústrias estão produzindo muito, o comércio faturando e mais pessoas estão trabalhando com a carteira assinada. O consumo de um modo geral está aumentando, principalmente entre as pessoas da Classe C, gerando uma pressão inflacionária.
O Brasil possui um sistema de metas para inflação, criado pelo Banco Central – BC a partir de junho de 1999. O indicador que mede esse índice é o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo.
Segundo a lei da oferta e da procura, quanto mais existir procura por produtos e a sua oferta for menor, esses produtos passam a custar mais caro, causando inflação.
O contrário também é verdadeiro, se uma mercadoria ou serviço não forem tão procurados, o preço tende a cair para atrair mais compradores.

Quando temos aumento elevado do consumo ocasionado principalmente pelo aumento de renda da população ou disponibilização de crédito fácil, a tendência é haver um aumento na inflação, e para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, através da taxa básica de juros, a Selic.
Caso o Banco Central observe que a inflação corre o risco de superar a meta, uma das primeiras medidas que ele toma é elevar os juros, via taxa Selic.
A taxa de juros foi o instrumento escolhido pelo governo nesse início de ano, pois ela determina o nível de consumo do país, já que a taxa Selic é utilizada nas transações bancárias e, portanto, influencia os juros de todas as operações na economia.
A Selic é utilizada pelos bancos como um parâmetro. A partir dela, as instituições financeiras definem quanto vão cobrar por empréstimos às pessoas e às empresas.
Caso os juros do país estejam altos, o consumidor tende a comprar menos, porque a prestação de seu financiamento vai ser mais alta. Isso reflete no consumo e provoca a queda da inflação. Existe também a outra ponta, havendo menos consumo o comércio vende menos e a indústria produz menos e podem ocorrer demissões.
A meta de inflação é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), um órgão do BC, em reuniões que ocorrem a cada 45 dias em Brasília, que em sua última reunião no dia 19 de janeiro, definiu-a em 11,25 % a.a.
Desse encontro participam o presidente do Banco Central e diretores de política monetária e econômica da instituição.
Os juros altos são benéficos para os investidores. Quem compra um título do governo, por exemplo, recebe mais se a taxa de juros estiver subindo.
No entanto, uma taxa alta prejudica a maioria da população, que paga crediários maiores, e os empresários, que encontram dificuldades para vender sua produção e expandir negócios, pois fica caro comprar máquinas, por exemplo.
E como isso afeta os investidores
Como parte do mercado aposta numa alta constante dos juros pelo menos no primeiro semestre deste ano, a tendência é que o investidor se concentre na renda fixa, pois ela é atrelada aos juros e nesse momento ninguém vai querer arriscar em comprar ações. È possível ganhar mais arriscando menos nesse caso.
Com a alta dos juros, os investidores passam a focar mais no curto prazo, sempre com um olho na inflação, e, ao menor sinal, mudam suas aplicações.
E os Consumidores
O que é bom para o investidor é ruim para o consumidor. Comprar vai ficar mais caro, principalmente para quem depende de financiamento.
O governo já avisou que a tendência daqui para o final do ano é de aumento progressivo na taxa Selic para conter o consumo e também a inflação.
Vamos ver.



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