Como acabar com as dívidas de sua empresa

Inicio esse artigo com uma constatação que talvez não seja muito agradável para meus leitores, “não existe mágica em finanças, dinheiro não cai do céu e duvide se alguém lhe disser isso”.

Falo em organizar as contas de sua empresa, para que ela possa sair do vermelho.

O empresário tem dois caminhos para eliminar as dívidas de sua empresa, ou aporta capital (coloca dinheiro dos sócios na empresa) ou conta com a geração de lucro da operação para pagá-las. Nem preciso falar que em ambos os casos deve existir planejamento e muita dedicação para que os resultados apareçam.

Por que as empresas acumulam dívidas?

Será por má administração dos recursos, queda nas vendas, investimento sem planejamento, compras acima do necessário, atuação do governo na economia?

Para sairmos dessa situação, temos que saber em primeiro lugar quanto devemos e para quem. Analise bem as contas atrasadas antes de recorrer aos bancos.

Calcule quanto tempo levará para pagar suas dívidas, pegue o faturamento mensal e diminua os custos de produção e as despesas de comercialização e administração da empresa, o resultado será o lucro que ela gera num mês.

Se você dividir o valor de suas dívidas pelo lucro, o resultado é o número de meses que demorará a saldar suas dívidas. O importante é gerar lucro, e parar de ter prejuízo na operação.

Quanto mais for esse lucro, mais rápido você pagará suas dívidas. Alongar o prazo da dívida também é uma opção, tenha em mente que essa decisão aumentará os custos financeiros, mas também é um caminho para saldar seus compromissos no longo prazo.

De nada adianta renegociar suas dívidas com bancos se você não honrá-las ou se de antemão já sabe que será difícil cumpri-las. A maior parte do lucro gerado pela empresa deverá ser destinada para o pagamento delas, não se esquecendo daqueles pagamentos sazonais, como o 13º. Salário e de despesas inesperadas que sempre acontecem, como quebra de máquinas.

Estoques, outro ponto, se comprar mais do que o necessário, parte do lucro gerado para o pagamento das dívidas ficará parado no estoque e isso não é bom. Tome cuidado também com a inadimplência dos Clientes e não alongue os prazos de recebimento na intenção de com isso aumentar as vendas. Tudo isso vai fazer com que você precise de mais capital de giro, e quem é o dono do dinheiro? Os Bancos.

Troque dividas caras por baratas, faça a portabilidade da dívida com outra instituição financeira, você não sabia que isso é possível, é sim. Imagine que quanto mais alta a dívida e menor o prazo para pagar, mais pressão o pagamento fará no seu caixa, que já está debilitado a essa altura.

Existem algumas dívidas que são mais sensíveis e podem prejudicar a operação do seu negócio, como dívidas com fornecedores de matérias primas, salários dos empregados e energia elétrica, portanto tenha em mente que você tem que ter um “Plano B” para essas situações.

Diminua os custos e as despesas, veja em seu estoque os produtos que não estão sendo vendidos e faça uma promoção, procure em seus bens algo que possa ser vendido sem comprometer a operação.

Foque no que a empresa é boa, terceirize o que você não domina, arregace as mangas e mãos a obra, tem muito trabalho pela frente. Como eu disse no início desse artigo, “não existe mágica em finanças, dinheiro não cai do céu e duvide se alguém lhe disser isso”.

Um grande abraço e sucesso sempre.

Wilson Roberto Pelinson